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Psicóloga da Proae faz alerta sobre os malefícios do trote violento

Campanha de combate a esse tipo de trote é uma das temáticas da semana de recepção
Juliano da Silva Damas Júnior
28/02/2019 - 14:28 - atualizado em 01/03/2019 - 12:02

A UFU, por meio da Resolução 15/93, do Conselho Universitário (Consun), proíbe desde 1993 o trote na universidade, as penalidades ao aluno infrator podem variar desde suspensão até desligamento definitivo. Em um ambiente universitário que preza a pluralidade e respeito as diversas opiniões e conhecimentos, essa pratica pode ser prejudicial ao psicológico do aluno e acarretar traumas que façam o ingressante inclusive desistir de cursar a graduação. Segundo Daniela Ramos, psicóloga da Divisão de Saúde da Pró-reitoria de Assistência Estudantil, do ponto de vista emocional, esse tipo de trote é uma expressão de violência contra o aluno pois reforça a relação de poder do veterano sobre o calouro e o coloca numa perspectiva de ser obrigado a passar por situações vexatórias ou até de humilhação pública.

“Psicologicamente este estudante pode experimentar emoções como vergonha, culpa e até raiva. Dependendo do que ele traz enquanto história e experiência de vida, é possível que ele possa desenvolver transtornos emocionais que o acompanharão ao longo de sua vivência acadêmica e da sua vida como um todo. ”  Explica a psicóloga.

É importante levar em consideração que uma brincadeira para um pode não ser para o outro e as pessoas não estão sensíveis a esta diversidade. Daniela ainda lembra que o que é uma brincadeira para um pode não ser para o outro e as pessoas não estão sensíveis a esta diversidade. Muitos estudantes vêm de outras cidades e estão saindo da casa dos pais pela primeira vez, com desafios próprios desse momento da vida que geram natural insegurança. Uma recepção saudável pode contribuir para diminuir ou suavizar parte das angústias que são próprias dessa época.

“A entrada na faculdade representa um marco na vida estudantil. É um ritual de passagem que precisa deixar marcas positivas naquele que a vivencia. Ser recebido com afeto, alegria e de maneira saudável ao invés de com violência e humilhações contribui para a construção de uma vida acadêmica promotora de desenvolvimento vista de maneira integral. ” Conta ela. 

Segundo a psicóloga, a melhor forma de recepcionar os novos alunos é com ações coletivas que promovam a integração do ingressante ao ambiente universitário e ao seu curso. “O estudante que ingressa pode não conhecer os espaços da universidade e até mesmo, não conhecer o que a cidade pode oferecer enquanto atividades de lazer. Assim, contribuir para que ele conheça estes espaços já pode ser uma ação em que desperte nele a sensação de adaptação e de pertencimento a um local antes desconhecido. ”

Sobre essa acolhida saudável, a UFU por meio da sua Pro-reitoria de Assistência Estudantil promove a semana de recepção dos ingressantes, com palestras e atividades como o Campus Tour, que visa apresentar as estruturas, equipamentos e serviços aos novos alunos. A edição desse ano acontece entre o dia 12 e 14 de março em todos os campi da UFU, para maiores informações é só ficar atento ao sites e redes sociais da Universidade e também da Proae.

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