A Olimpíada da Universidade Federal de Uberlândia tem sido um sucesso, marcada por momentos de adrenalina na vida dos atletas que se preparam constantemente para a corrida ao pódio, superando barreiras e obstáculos para conquistar títulos para suas atléticas. A final do Atletismo, realizada no dia 29/09, celebrou diversas conquistas, com destaque para a atlética de Medicina, que se destacou nas modalidades e ficou em primeiro lugar no ranking geral da competição. A disputa pelo pódio também foi acirrada entre as atléticas de Engenharia, Monetária e Educa, que obtiveram ótimos resultados em várias modalidades durante a competição.  

Na modalidade de revezamento 4x100m, a equipe da Monetária saiu na frente e garantiu o primeiro lugar na prova, destacando-se pela agilidade e estratégia bem coordenada entre os membros. Já a Engenharia brilhou na corrida de 400 metros masculino, com Ramon Guimarães Cruz levando a atlética ao topo ao registrar um tempo de 50,2 segundos. Além dessa conquista, a atlética de Engenharia também venceu nas provas de 1500 metros, tanto feminino quanto masculino, com Vitória Dias Brito e Mateus William Braun fazendo a torcida vibrar. 

Valter Lucas Silva Lourenço não facilitou a vida de seus adversários, destacando-se na modalidade de Salto em Distância Masculino e conquistando o primeiro lugar pela atlética de Educação Física. Nessa mesma modalidade, as atléticas de Computação e Medicina garantiram o segundo e terceiro lugares, respectivamente. No feminino, Joice Karoline Dias de Oliveira, atleta da Engenharia, obteve a melhor pontuação em uma disputa acirrada, superando as competidoras Rafaela Pereira Anelvoi e Lísia Pires Moreira, da Medicina, que também apresentaram performances notáveis.  

Foto: Ellyn Lago  

Os momentos de superação e conquista são marcos na vida dos atletas, especialmente para aqueles que conseguem estabelecer recordes surpreendentes. Esse é o caso de Luciana Alves de Medeiros, doutoranda no programa de Ciências da Saúde da FAMED, que começou sua trajetória no atletismo durante a graduação, incentivada pelo namorado. “Tanto na graduação quanto no mestrado, eu treinava de forma irregular, sempre enfrentando muitas lesões e, por isso, acabava treinando apenas em alguns períodos do ano. Nesses momentos, eu sempre treinei com a equipe de Atletismo da Medicina, já que meu curso não tinha uma equipe própria. Como meu namorado era treinador da Medicina, ele me convidou a treinar com eles”, conta Luciana sobre seu contato com o esporte na UFU. 

Atualmente, Luciana afirma que treina de forma mais regular, visando melhorar seu desempenho nas competições. E definitivamente, essa dedicação tem trazido resultados positivos na sua trajetória esportiva. A atleta conseguiu quebrar dois recordes que marcaram sua experiência na Olimpíada de 2024. Este foi mais um ano de conquistas para Luciana, que pela quinta vez estabeleceu o recorde nos 400m e, pela terceira vez, superou suas expectativas na corrida de 200m. Ao cruzar a linha de chegada, ela experimentou uma mistura de sentimentos: a sensação de dever cumprido, o alívio de ter terminado e a satisfação de ter alcançado seus objetivos. 

Luciana divide sua experiencia e sensações que tem quando está na pista de corrida, expressado que cada metro é um trabalho mental e corporal que, no fim, resulta em suas vitorias e marcas de recordes. Ela descreve sua experiência durante uma corrida em quatro fases emocionais. No início, após o tiro de partida, a tensão pré-prova desaparece, e ela se concentra em correr rapidamente, sem forçar demais. Entre 200m e 300m, a tensão retorna, pois ela sente que não consegue manter o ritmo e precisa acreditar em si mesma para continuar até a curva. Na reta final, o corpo já não responde bem, e a coordenação falha, tornando cada passo um desafio, com uma mistura de dormência e dor. Apesar do desejo de manter a velocidade, Luciana enfrenta a realidade de que isso se torna impossível. 

Para a doutoranda a corrida é uma paixão que ajuda principalmente no seu desempenho acadêmico. “Eu nunca fui boa em esportes coletivos na época da escola, tanto que não praticava nada até entrar na graduação. O esporte universitário é que me incentivou a entrar nesse meio”, conta Luciana. A nutricionista afirma que: “A corrida é meu refúgio do estudo e do trabalho, é onde tenho um momento de lazer, onde faço amigos e me sinto pertencente à Universidade. A pós-graduação é muito solitária, ainda mais para quem trabalha como eu, acaba que não sobra tempo para fazer nada fora trabalhar, estudar e treinar. Então a equipe de corrida é uma forma de socialização, de ter um objetivo coletivo, de criar laços”. 

Foto: Acervo pessoal da Luciana Alves de Medeiros 
 

A Olimpíada UFU 2024 está se mostrando um momento histórico para a vida esportiva dos atletas apaixonados pelas modalidades em que competem. É uma oportunidade de competição, mas, como afirma Luciana, também é um momento para criar laços e socializar. Parabenizamos todos os atletas que participaram do atletismo, superaram suas expectativas e se dedicaram às modalidades. Estamos ansiosos por mais histórias e pelo espírito esportivo em 2025! 

Você pode conferir os resultados e os recordes do atletismo em anexo na matéria.