O programa “Segundo Tempo” foi desenvolvido ao longo deste ano pela Divisão de Esporte e Lazer (Diesu) com o objetivo de incentivar a prática esportiva e contribuir para o bem-estar de crianças, adolescentes e membros da comunidade universitária. A iniciativa permitiu que crianças de 6 a 16 anos, regularmente matriculadas em escolas públicas de Uberlândia, participassem de aulas de futebol de campo e rugby, ampliando o acesso à prática esportiva além dos limites da universidade.

Para Eduardo Henrique Amancio Silva, professor do Programa Segundo Tempo Padrão, o programa reflete uma política pública essencial para democratizar o acesso ao esporte. "O Programa Segundo Tempo (PST) é uma política nacional fundamentada no direito ao acesso ao esporte. Nesse sentido, o Estado tem o dever de promover e democratizar o acesso gratuito de crianças e adolescentes a atividades físicas e esportivas", explica Eduardo. 

Segundo ele, o esporte, além de seu valor educativo, forma hábitos saudáveis e desenvolve valores essenciais para a cidadania, como disciplina, respeito, trabalho em equipe e empatia, pilares do desenvolvimento social de uma comunidade. Ele destaca ainda o ambiente seguro e bem equipado do campus de Educação Física da UFU como um diferencial para a prática esportiva. “Foi um prazer e um orgulho para minha carreira ser professor do PST, pois participei de momentos que contribuíram muito para o meu desenvolvimento pessoal e profissional,” completa.

Na Universidade Federal de Uberlândia, o programa também beneficiou alunos de graduação e pós-graduação, oferecendo atividades como judô, natação e atletismo. Com mais de 440 inscritos, o objetivo principal foi promover o desenvolvimento físico e mental dos participantes, equilibrando as demandas acadêmicas com o bem-estar.

Para Vinicius Jordão Silva, professor do Programa Segundo Tempo Universitário, o projeto teve um impacto crescente ao longo do ano. “O programa segundo tempo universitário chegou de forma tímida entre os discentes e agora, perto do seu fim, tomou fama e importância para os mesmos. Com o objetivo de proporcionar a prática de atividade física, o programa segundo tempo se tornou prioridade na vida de muitos discentes, tanto da graduação quanto da pós-graduação,” afirma.

Vinicius, que também é egresso da UFU, ressalta a necessidade de continuidade para ampliar os benefícios da prática esportiva para os estudantes. “É uma pena que não tenhamos continuidade do programa por agora. Sabendo da realidade dos espaços físicos da UFU atualmente para a prática de atividade física, vejo a necessidade de mais programas como esse, onde o esporte é visto realmente como fator saúde, e não só competição. A manutenção da saúde física, que está diretamente relacionada com a saúde mental, como melhora na capacidade cognitiva e redução dos níveis de ansiedade, tem que ser prioridade e servida aos alunos da Universidade, para o bem maior social”, completa.

A expectativa é que o impacto positivo e o engajamento dos estudantes no programa incentivem novos projetos e parcerias voltados para a prática esportiva e o bem-estar, fortalecendo ainda mais a comunidade universitária e o vínculo com a sociedade local.